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Santos negros no altar da fé

São Benedito:

Nascido na Sicília, em 1526, era filho de escravos em uma propriedade próxima de Messina. Foi libertado ainda muito jovem por seu Senhor. Manifestou desde os dez anos uma pronunciada tendência para a penitência e para a solidão. Guardando rebanhos, entregava-se à oração, e os maus tratos que recebia dos companheiros foram a ocasião para se voltar com mais fervor para Jesus, fonte de toda consolação

Tinha vinte e um anos quando foi insultado publicamente por causa de sua cor. A atitude digna e paciente que teve na ocasião não passou despercebida, e o líder de um grupo de eremitas franciscanos o convidou a fazer parte da comunidade. Benedito aceitou o convite, e, com o tempo, passou a ser o seu novo líder.

Sua vida tornou-se um exercício contínuo de todas as virtudes, e Deus lhe concedeu o dom de operar milagres.

Em 1589 caiu gravemente doente, e Deus lhe revelou que seu fim estava próximo. Na recepção dos últimos sacramentos experimentou como que um antegozo das alegrias celestes. Morreu docemente no dia 4 de abril. Foi canonizado em 1807, e normalmente em suas imagens traz o menino Jesus nos braços, que lhe foi colocado por Maria Santíssima, pela sua grande devoção, e pela suave doçura com a qual Jesus preencheu o seu coração. São Benedito foi chamado de "O Santo Mouro", por causa de sua cor negra. Sua festa litúrgica é celebrada em 5 de outubro. Certamente é uma dos santos mais populares no Brasil, cuja devoção nos foi trazida pelos portugueses, e são inúmeras as paróquias e capelas que o escolheram como padroeiro, inspiradas em seu modelo admirável de caridade e humildade.

                                              

Nhá Chica:Nascida em 1810, em São João del Rei (MG), ainda menina mudou-se com sua mãe para Baependi. Ali, numa modestíssima casa que ainda se conserva, em cima de um morro onde se ergue hoje a igreja de Nossa Senhora da Conceição.

Sua fama de santidade foi se espalhando de tal modo que pessoas de muito longe começaram a frequentar Baependi para conhecê-la, conversa com ela, falar-lhe de suas dores e necessidades e, sobretudo para pedir-lhe orações. A todos, atendia com a mesma paciência e dedicação, mas nas sextas feiras, não atendia a ninguém. Era o dia em que lavava as próprias roupas e se dedicava mais à oração e à penitência. Isso porque sexta-feira é o dia que se recorda a Paixão e a Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo para a salvação de todos nós. Às Três horas da tarde, intensificava suas orações e mantinha uma particular veneração à Virgem da Conceição, com a qual tratava familiarmente como a uma amiga.

Nhá Chica era analfabeta, pois não aprendeu a ler nem escrever, desejava somente ler as Escrituras Sagradas, mas alguém as lia para ela, e a fazia feliz.

A Venerável morreu no dia 14 de junho de 1895, contando 87 anos de idade, mas foi sepultada somente no dia 18, no interior da Capela por ela construída. As pessoas que ali estiveram sentiram exalar-se de seu corpo um misterioso perfume de rosas durante os quatro dias de seu velório. Tal perfume foi novamente sentido no dia 18 de junho de 1998, 103 anos depois, por Autoridades Eclesiástica e por membros do Tribunal Eclesiástico pela Causa de Beatificação de Nhá Chica e, também, pelos Pedreiros, por ocasião da exumação do seu corpo. Os restos Mortais da Venerável se encontram, hoje no mesmo lugar, no interior do Santuário Nossa Senhora da Conceição em Baependi, protegidos por uma Urna de acrílico colocada no interior de uma outra de granito, onde são venerados pelos fiéis.

                                                     

Nossa Senhora de Aparecida:

O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e deságua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves resgataram a imagem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito sucesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que recolheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.

Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros.Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a construção da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.

                                                   

Padre Victor:

Foi no dia 12 de abril de 1827, na pequena cidade de Campanha, no sul do Estado de Minas Gerais, na fazenda da senhora Mariana de Santa Bárbara Ferreira, que a escrava Lourença Justiniana de Jesus deu à luz um menino, que foi batizado no dia 20 do mesmo mês com o nome de Francisco de Paula Victor. Como no dia 12 de abril o Martirológio [catálogo dos mártires que foram santificados pela Igreja] indicava, entre outros, o nome de São Vítor, acredita-se que daí tenha-se originado o seu sobrenome.Na fazenda de D. Mariana, sua madrinha e educadora, Francisco cresceu, sempre admirado e amado por todos. Era um garoto robusto, cheio de saúde e obediente. O seu caráter piedoso fazia-o espelho para os demais. Tendo sido extremamente pobre, nunca abandonou a modéstia e a disciplina..

Ainda jovem, Francisco de Paula Victor aprendeu o ofício de alfaiate. Mas aos 21 anos de idade, sentiu um outro desejo: o de ser padre. Assim, aproveitando a visita a sua cidade de D. Antônio Ferreira Viçoso, bispo de Mariana, o jovem alfaiate foi falar com ele, confessando-lhe o desejo e a vocação religiosa. Dom Viçoso, certificado de suas boas intenções, nada mais fez senão animá-lo no digno propósito de tornar-se um sacerdote. Logo depois aconselhou-o a estudar latim e música. Ajudado por sua madrinha e "senhora", Victor dedicou-se com muita perseverança, no início com dificuldade, mas em poucos meses de dedicação, já dominava ambas as matérias.

Francisco de Paula Victor foi ordenado por D. Viçoso, em 14 de junho de 1851, aos 24 anos de idade

Permaneceu, após ordenado, quase um ano em Mariana, sendo, então, nomeado vigário da cidade de Três Pontas, também Minas Gerais, em 18 de junho de 1852.

Durante os 78 anos em que ocupou o invólucro carnal, procurou ser sempre fiel a Jesus. Nunca a sua porta fechou-se para as necessidades alheias. Em 1903, já muito idoso, Padre Victor foi à cidade de Poços de Caldas, em busca de melhoria para a sua saúde bastante precária. Cerca de dois anos após o seu regresso desta cidade, agravaram-se os seus sofrimentos, vindo a desencarnar às 22h do dia 23 de setembro de 1905, ficando insepulto por três dias, exposto a visitação pública, de seu corpo, exalava perfume. O funeral contou com a presença de mais de três mil pessoas.

                                                     

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